terça-feira, 23 de outubro de 2012

"O fim da infância é o fim do nosso futuro"




"Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância."

Direção Estela Renner
Produção Executiva Marcos Nisti
Maria Farinha Produções



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

UM CARROSSEL DE PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO


"Nenhuma escola conseguirá ensinar seus alunos a pensar e agir com autonomia se, antes de tudo, seus professores não fizerem o mesmo."

CARTA ABERTA AOS PROFESSORES, DIRETORES, PAIS E FAMILIARES.
A Escola Municipal de Educação Infantil “ Guia Lopes” comprometida com ações que valorizem as diferenças e tonifiquem a autoestima de todas as crianças com idade de 3 a 5 anos através do combate a qualquer ação que dissemine o racismo, o preconceito e a discriminação na infância torna público o repúdio à novela Carrossel, veiculada diariamente pelo SBT ( Sistema Brasileiro de Televisão). 

Trata-se de uma novela dedicada ao público infantil que se passa em uma pretensa escola , com supostas profissionais da educação em que alunos personificam  os mais variados estereótipos e  vivenciam situações inaceitáveis nas quais  a criança negra é frequentemente humilhada,  a beleza e a superioridade da criança branca são enaltecidas, as crianças com sobrepeso são ridicularizadas e o espírito competitivo é levado ao extremo. A cada episódio, uma das crianças é exposta às ações do grupo que  planeja situações vexatórias seguindo um enredo  que reforça tudo o que nós combatemos e acreditamos deva ser combatido.  Cirilo, um menino negro, pobre, e de boa índole é apaixonado por Maria Joaquina, menina branca, rica e cheia de soberba. Para ilustrarmos a perversidade existente nas relações entre as crianças da pretensa “Escola Mundial”, citamos  o episódio em que um grupo de garotos resolve convencer Cirilo que, para conquistar Maria Joaquina, seria necessário  comprar um tônico para ficar bonito. Cirilo, sendo uma criança com baixa autoestima, pega as moedas de seu cofrinho e compra a milagrosa loção feita por seus  “colegas”.
São evidentes os efeitos nefastos da insensibilidade, do desconhecimento do universo infantil e do desrespeito à dignidade a que todos temos direito.  Várias de nossas crianças têm verbalizado o seu descontentamento em serem negras e o desejo de mudar sua cor de pele, enquanto outras formam grupos impenetráveis de “Marias Joaquinas”, negando-se a usar o uniforme e estabelecendo competições de roupas e acessórios. Atentas a estas manifestações, estamos trabalhando para mobilizar a atenção da comunidade de pais e docentes para que sejamos, todos,  criteriosos e críticos em relação à programação infantil a que ficam expostas nossas crianças.

Para aqueles que ainda não conhecem a novela, é possível constatar as características de alguns personagens no site promocional da referida emissora: (http://www.sbt.com.br/carrossel/personagens/)

Assinam a presente manifestação a equipe administrativa e pedagógica e todas as professoras da EMEI GUIA LOPES. São Paulo, 27 de setembro de 2012.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Existe algo que o dinheiro não pode comprar...

http://www.educare.pt/educare/images/transparent.gif
É bastante comum as pessoas justificarem os seus erros, invocando as suas precárias condições de vida. 
Dizem que foi o desespero que as levou a tomar atitudes equivocadas ou que as circunstâncias negativas as fizeram agredir o seu semelhante.
Filhos agridem os pais porque não lhes deram o que pediram no momento exato que queriam... Irmãos que mentem e enganam para ter um "quinhão" maior em heranças, não se importando em que condições ficarão os demais irmãos. Com certeza, foram aquelas crianças que não ouviram o “não” dos pais na hora certa.
O que nos falta sim, é uma melhor educação. Mas aquela que tem a ver com a formação do caráter de cada um. E para isso, precisamos urgentemente, de pais conscientes que ensinem os verdadeiros valores da vida aos seus filhos. Que lhes digam que é nobre dizer a verdade, mesmo que isso não os credencie a receber algum prêmio de compensação. 
Pais que tenham coragem de falar aos seus filhos sobre os dias mais tristes das suas vidas. Que tenham a ousadia de contar sobre as suas dificuldades do passado e como as conseguiram ultrapassar. 
Pais que não desejem dar o mundo aos seus filhos, mas que queiram sim apresentar-lhes o livro da vida. Pais presentes que desenvolvam nos seus filhos: a capacidade de lidar com  as  perdas e frustrações,  capazes  de dialogar e ouvir sempre que for necessário. 
Pais que sejam presentes, mesmo que o tempo seja curto, que se sentem para conversar e ouvir os seus filhos sobre tudo o que os rodeia, partilhando sentimentos, desejos e dificuldades. Pais que não se preocupem somente com festas, com roupas, aniversários e com produtos eletrônicos. Mas que também se preocupem em trocar ideias e refletir.
Pais que sabem que não devem atender a todos os desejos dos seus filhos, pois isso os tornará fracos e dependentes.
Existem pais que dão algo que "todo o dinheiro do mundo não pode comprar": o seu amor, as suas experiências, as suas lágrimas e o seu tempo.
Um autêntico processo de educação em que o filho aprende que amar é o maior dos tesouros. E não haverá de se tornar infeliz somente porque não tem a roupa grife, ou não conseguiu viajar para a praia nas férias.



Respeitar as regras da vida é  o melhor caminho para alcançar a felicidade, pois essas regras nos deixam mais maduros para escolher o melhor que a vida pode nos oferecer.